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quarta-feira, 19 de maio de 2021

Já são 15 os Municípios que aderiram à Associação Portuguesa de Municípios com Tauromaquia (APMAT)

A Câmara Municipal da Praia da Vitória aprovou a inclusão da Autarquia na Associação Portuguesa de Municípios com Atividade Tauromáquica, com a justificação de que “é inegável que as tauromaquias populares e de praça fazem parte dos costumes das gentes e integram a missão ou a atividade mais relevante do movimento associativo local”.

Aprovada por unanimidade, nas reuniões da Câmara e da Assembleia Municipal, a proposta junta a Praia da Vitória aos Municípios de Alcochete, Azambuja, Barrancos, Benavente, Chamusca, Coruche, Cartaxo, Moita, Montijo, Santarém, Sabugal, Salvaterra de Magos, Vila Franca de Xira e Angra do Heroísmo, no quadro das Autarquias fundadores da nova Associação de defesa e promoção da festa brava.

Esta nova Associação está a ser criada pelas câmaras municipais que integram a Secção de Municípios com Atividade Taurina da Associação Nacional de Municípios Portugueses, pretendendo alargar o leque a outras autarquias do País e até a Juntas de Freguesia que se queiram associar.

Neste momento, os municípios estão a aprovar internamente a integração na Associação Portuguesa de Municípios com Atividade Tauromáquica, de modo a cumprir todos os procedimentos legais para se constituírem em associação, sendo que, os Municípios atrás referidos farão parte dos primeiros órgãos sociais a eleger no futuro.

Dos objetivos constantes nos Estatutos desta nova Associação de valorização da festa brava, da qual a Praia da Vitória fará parte, registo para “a afirmação, salvaguarda e promoção da identidade histórico-cultural, patrimonial, ambiental, artística, económica e social das autarquias portuguesas cujos territórios e populações estão ligados à atividade e cultura tauromáquica”.

De entre as concretizações previstas no âmbito do funcionamento da Associação, realce para “a promoção da tauromaquia e das relações entre territórios de cultura tauromáquica a nível nacional e internacional”; “a proteção, valorização e promoção das expressões da cultura taurina e do património cultural material e imaterial que estas envolvem”; “ o incentivo do desenvolvimento económico mediante uma oferta turística integrada”; “projetar o conhecimento e valorização da cultura taurina junto de instituições públicas, privadas e dos cidadãos em geral”; “a elaboração e realização de estudos e serviços vocacionados que permitam um conhecimento recíproco e intercâmbios culturais entre as autarquias associadas”; “a publicação de revistas, material promocional e de divulgação das atividades tauromáquicas, bem como a realização de eventos”; “a procura de financiamentos para projetos nacionais e transnacionais de âmbito comunitário”; “a promoção e apoio no desenvolvimento de projetos de qualificação e valorização territorial que reforcem a coesão social e económica e a qualidade de vida dos cidadãos” e, entre outras, “a cooperação com Universidades e Institutos Politécnicos para a promoção e apoio em iniciativas de estudos de investigação e formação” associados à vertente taurina.

Inegável manifestação cultural

Na proposta que Tibério Dinis submeteu à aprovação municipal para que a Praia da Vitória fosse um dos Municípios fundadores da nova Associação de defesa e promoção da festa brava, para além das referências a toda a legislação nacional, Declarações da UNESCO e Convenções do Conselho da Europa sobre a defesa da diversidade cultural e do património cultural material e imaterial, o edil faz alusão à “muito relevante importância cultural, social e económica, manifestada sobretudo através de festividades taurinas formais e populares” que a “tauromaquia assume no Município da Praia da Vitória”. 

Reconhecendo que “esta tradição, fortemente enraizada na cultura popular da Ilha Terceira e em particular do Concelho da Praia da Vitória, através das Festas/Tauromaquia populares, nomeadamente, touradas à corda e touradas de praça, documentalmente comprovadas desde o século XVI, por força da abundância de gado bravo na ilha, trazido, primeiramente, pelos primeiros povoadores oriundos das províncias de Portugal continental com tradição tauromáquica”, Tibério Dinis salienta que “é inegável que, na Praia da Vitória, as tauromaquias populares e de praça fazem parte dos costumes das gentes e integram a missão ou a atividade mais relevante do movimento associativo local, constituindo uma grande manifestação de comunidade e de laços interpessoais e geracionais, e contribuem para a criação e manutenção de um elemento vivificador comum”. 

O Autarca praiense, na proposta que viu aprovada por unanimidade, elenca todos os Ganadeiros da ilha, as Tertúlias Tauromáquicas, os Grupos de Forcados, os Cavaleiros e o Matador de Toiros terceirenses e os Bandarilheiros que compõem as suas quadrilhas, para culminar reconhecendo “a importância da Tauromaquia enquanto fator essencial para a preservação patrimonial, da identidade e memória coletivas da comunidade local, bem como da relevância do papel desempenhado por esta, no processo de representação, transmissão de conhecimentos, práticas e valores”.

Fonte: Câmara Municipal da Praia da Vitória

Fotografia Taurina de Luís Miguel Sacôto

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