Por esta altura deveria a Tertúlia estar a divulgar os nomes daqueles que, em nosso entender, teriam sido os “Triunfadores” da temporada finda, por sinal e por força das circunstâncias, precisamente na Praça de Toiros de Azambuja, em 25 de Outubro pretérito.
Foi o final de uma temporada em quase tudo díspar daquelas a que sempre assistimos. Um número exíguo de festejos teve como consequência a muito parca participação dos ganadeiros de bravo bem como dos cavaleiros e matadores, grupos de forcados, bandarilheiros e todos quantos têm a sua vida intimamente ligada à paixão que é o espectáculo Tauromáquico.
A maioria das nossas Praças de Toiros não abriu sequer as suas portas. Algumas por impossibilidade prática de assegurar as medidas sanitárias exigidas. Outras simplesmente porque os seus detentores não foram capazes de algo que é inerente à actividade de qualquer empresário, seja ele do que for. Assumir o risco do negócio.
Aqueles que o fizeram a aficion ficará sempre reconhecidamente grata. Como grata ficará aos ganadeiros, toureiros e forcados que, não obstante todas as dificuldades e prejuízos a vários níveis, que as circunstâncias imposeram, não se abstiveram de dizer “presente”.
E foi por isto que esta temporada foi extremamente importante. Permitiu, de algum modo, ajuizar o grau de aficion e empenho de muitos dos que integram o “mundillo” taurino nacional, nas suas diversas facetas.
Para além disso, o ter havido temporada taurina foi, por si só, uma afirmação clara da resiliência e tenacidade da “gente do toiro”, face a todos os nossos inimigos e detractores e face à adversidade. Foi uma temporada “atípica” diz-se em tudo o que se vem escrevendo e com razão. No entanto, foi igual às demais na empenhada entrega do público que, mau grado as circunstâncias, acorreu aos espectáculos realizados, em número capaz de esgotar as lotações permitidas ou de tal se abeirar.
As excepções, poucas, foram as determinadas pela manifesta falta de interesse do “cartel” anunciado. E é assim que deve ser! Os empresários têm de o compreender.
Dito isto, é indubitável que esta temporada não espelhou a realidade da nossa tauromaquia neste ano que se aproxima do seu fim, não sendo assim legítimo destacar este ou aquele como triunfador.
Nestes termos, entendeu a Direcção da Tertúlia “Festa Brava, não atribuir os seus habituais troféus de” Triunfadores da Temporada”.
Acresce que, ainda que o fizéssemos seria de todo impossível a realização do jantar que normalmente organizamos para a entrega destes prémios, dada a situação pandemica nacional e em particular a do concelho de Azambuja, já que tal evento congrega, habitualmente, cerca de 120 pessoas. Para o ano será!
Saudações taurinas
Pela Direcção
Rui Casqueiro Haderer