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Samora Correia- XVII Semana Taurina & Feira Anual 2024

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sábado, 31 de agosto de 2019

"A arte da fotografia taurina"- Entrevista do semanário "O Mirante" ao colaborador Manuel Pereira

Manuel Pereira gosta de fotografar todas as festas taurinas da Lezíria do Ribatejo

O fotógrafo amador Manuel Pereira fotografa todas as festas da região onde mora e é normal vê-lo de máquina em punho em Samora Correia, Vila Franca de Xira, Coruche ou Salvaterra de Magos.

Natural de Samora Correia, com 72 anos e reformado, a fotografia é o seu passatempo de eleição. Quando chega a Agosto marca na agenda os cinco dias das festas de Samora Correia, em honra de Nossa Senhora de Guadalupe e Nossa Senhora da Oliveira. É o primeiro a chegar e o último a sair das festas.

De saco a tiracolo e máquina ao pescoço, capta todos os momentos das festividades, desde procissões, desfiles e esperas de toiros, que são o seu momento de eleição. Junto às tronqueiras que protegem os espectadores dos toiros, no Largo do Calvário, já tem lugar cativo, numa cadeira fixada às tábuas, onde se senta e espera pacientemente, para captar as melhores imagens.

“Não saio dali de cima enquanto aquilo dura. A adrenalina não me permite abandonar o posto. É viciante ficar a disparar até conseguir a foto perfeita”, confessa a O MIRANTE, acrescentando que chega a tirar mais de um milhar de fotos numa tarde.

Manuel Pereira começou a fotografar em Inglaterra, onde esteve emigrado 35 anos, depois de uma máquina lhe ir parar às mãos de forma caricata. Era noite cerrada quando ia na rua e tropeçou numa pequena máquina fotográfica perdida no passeio. Ainda ponderou entregá-la na esquadra da polícia local, mas a curiosidade de ver o que aquela lente tinha captado foi mais forte. “Levei-a para casa e verifiquei o cartão. Eram só fotos de obras”, lembra. Foi com ela que deu os primeiros disparos e que nasceu a sua paixão pela fotografia.

Não se considera um fotógrafo e nunca teve intenção de se profissionalizar. “Fotografo por paixão, não para fazer dinheiro”, afirma e dá prova disso: “Gosto de fotografar campinos, por exemplo e quando gosto de uma foto mando-a revelar e ofereço-a ao retratado”.

Guarda quase todas as fotos porque não consegue desfazer-se delas. Por causa disso já perdeu a conta aos CD e discos externos onde as armazena. Oferece fotos, muitas para publicação em blogues de tauromaquia e coloca-lhes sempre marca de água com a sua assinatura por uma questão de orgulho. Conta que este ano ficou muito feliz por ver uma das suas fotografias num cartaz de uma corrida de toiros nas Caldas da Rainha.

Na sua perspectiva a fotografia não é arte exclusiva de profissionais, embora seja conveniente ter algum conhecimento do que se está a fazer com uma máquina nas mãos. O problema, segundo refere, é que hoje um bom smartphone faz o trabalho sozinho, levando a que os fotógrafos profissionais, que vivem da fotografia, deixem de ter o lucro de outros tempos.

Manuel Pereira trabalhou na indústria hoteleira e na panificação até se reformar e regressar a Portugal. O seu pai foi campino e ele próprio chegou a guardar gado em criança. Habituado aos toiros e cavalos, gosta de ir para o campo fotografá-los, para além de os “captar” nas festas.
Fonte: O Mirante

"Tour Y Art"- Artigos Taurinos - 963082832

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