"O cavaleiro, no fim da lide, quis fazer a mesma coisa que faz o Joaquim Bastinhas e mandar o cavalo embora para ficar na praça a agradecer. Só que as portas ficaram meio abertas e o toiro, que estava no meio da praça, arrancou e saiu pela porta que dá acesso directo para a rua. Pelo meio investiu e magoou três cavalos e ainda atingiu uma menina de cinco anos que acabou por ficar bem. Quando vi que o toiro tinha saído corri para a rua e fui tentar agarrá-lo", conta Carlos Silva.
O rabejador lembra que num impulso correu a agarrar no rabo do toiro e que entretanto chegou um bandarilheiro que também o agarrou no rabo. "Nessa altura saltei para a cabeça e peguei-o. Estávamos só os dois até chegar ajuda. Ainda levei ali alguma porrada, mas não me aleijei", refere Carlos Silva a O MIRANTE. Devido a esta rápida intervenção evitou-se uma tragédia de proporções ainda maiores como explica aquele que foi eleito, pelo terceiro ano consecutivo, o Rabejador de Ouro.
"A rua estava cheia de gente porque estávamos no auge das festas. Lá conseguimos levar o toiro para dentro da praça e acabámos por o pegar no decorrer da corrida", concluiu.
Fonte: OMirante